Mas afinal, qual dos dois é o ideal para empresas com faturamento robusto?
Respira fundo, pega um café e vem que a gente vai descomplicar isso agora.
O que é Lucro Presumido?
É um regime simplificado onde o governo presume qual é o lucro da sua empresa com base no faturamento. A alíquota é fixa e varia conforme o setor.
💡 Exemplo:
Se você tem uma empresa de serviços, o governo presume que você lucra 32% sobre o faturamento. E é sobre esse “lucro presumido” que os impostos são calculados — mesmo que seu lucro real tenha sido menor (ou maior).
✅ Vantagens:
- Cálculo simples e rápido;
- Menos burocracia;
- Pode ser vantajoso se sua margem de lucro for maior que a presumida.
🚫 Desvantagens:
- Se você lucra pouco ou tem muitos custos, pode pagar mais imposto do que deveria.
- Pouca flexibilidade para deduzir despesas.
E o Lucro Real?
Aqui, a conta é feita com base no lucro líquido real, ou seja, aquilo que sobra depois de pagar todas as contas. O cálculo é mais trabalhoso, mas muito mais justo para empresas com margens menores ou alta variação de receitas e despesas.
✅ Vantagens:
- Se o lucro for baixo (ou prejuízo), você paga menos imposto;
- Permite dedução de várias despesas;
- Mais transparente, ideal para quem quer investidores ou crescer com consistência.
🚫 Desvantagens:
- Exige controle contábil mais rigoroso;
- Custo de compliance (contabilidade, auditoria etc.) pode ser maior.
Tá, mas e para quem fatura alto?
Se sua empresa já ultrapassa os R$ 4,8 milhões anuais, o Simples Nacional nem entra na jogada. Então a briga é mesmo entre Lucro Real e Presumido.
➡️ Empresas com margens apertadas, alto volume de despesas ou variação grande de receita costumam se beneficiar mais do Lucro Real.
➡️ Empresas com margens altas, despesas previsíveis e boa organização financeira podem aproveitar bem o Lucro Presumido — especialmente se querem menos burocracia.
Dica de ouro:
📊 Faça simulações com base nos seus dados reais dos últimos 12 meses.
Nada de achismo: compare quanto você pagaria em cada regime com a ajuda de um contador ou consultoria especializada.
Conclusão
Não existe um “melhor” regime universal. Existe o melhor para o seu modelo de negócio, no seu momento atual.
Escolher entre Lucro Real e Presumido pode parecer um detalhe contábil — mas, na prática, impacta diretamente no seu caixa, no crescimento e até na sustentabilidade da empresa.
Não deixe essa decisão no automático. Quem fatura alto tem muito a ganhar (ou perder) aqui.